Superproteção e os problemas que ela causa

A superproteção tem o objetivo de evitar o sofrimento do filho e proporcionar uma infância diferente da que os pais viveram, mas será que essa atitude é saudável para a criança? Quais são os problemas causados pela superproteção?

À primeira vista os pais superprotetores pensam apenas no bem-estar do filho, mas acabam criando pessoas com pouca autonomia, frustradas e totalmente dependentes. Isso porque as crianças não têm a possibilidade de aprender coisas fundamentais da vida, que são desenvolvidas a partir das tentativas do erro e acerto.

Em suma, a criança precisa aprender a correr, cair, brincar e se aventurar. Essas atividades, mesmo que vistas como perigosas pelos pais, fazem parte do ciclo de aprendizado.

Males da superproteção

Com o intuito de poupar o sofrimento dos filhos ou evitar que eles passem por traumas dos quais os pais já passaram, criam-se crianças superprotegidas.

A questão é que essas mesmas crianças se tornarão adultos com dificuldades de tomar decisões e de resolver os seus próprios problemas de forma independente. Além disso, outras consequências prováveis são:

– Pais superprotetores impedem que a criança amadureça;

– A criança cresce dependente;

– Essas atitudes não garantem a felicidade da criança;

– Superproteção gera estresse, ansiedade e depressão no filho.

O efeito da superproteção é o oposto do desejado, visto que a função dos pais é a de promover a autonomia da criança, com intuito de criar adultos confiantes com saúde física e mental.

O que fazer para evitar a superproteção

O cuidado, carinho, atenção, incentivo e diálogo são fundamentais para estreitar os laços familiares, além de contribuir para a autonomia da criança. Mas é extremamente importante que você ensine o seu filho a cuidar de si mesmo com pequenas ações como:

– Não é não

Falar “não” é tão importante quanto dizer “sim” na educação de seu filho. Portanto se a criança recebeu uma resposta negativa você precisa sustentar a sua decisão e não voltar atrás em caso de birra, choro ou desobediência. Essa atitude vai reforçar a sua autoridade enquanto educadora e garantir o aprendizado da criança.

– Permita

Incentivar para que o seu filho desbrave lugares desconhecidos e conheça novas pessoas, são grandes oportunidades para que a criança imprima a sua identidade.

Brincadeiras ao ar livre em equipe, que incentivam a competitividade saudável, entre outras contribuem com a coordenação motora e a desenvoltura da criatividade e da personalidade.

– Incentive

Não faça para a criança algo que ela tem condições de fazer sozinha. É claro que cada fase tem um limite de autonomia, mas esse incentivo contribui com a formação da independência da criança.

– Frustração

A frustração é um sentimento decorrente de uma expectativa não correspondida. É normal que os pais prezem pela felicidade dos filhos e torçam para que nada saia do programado na vida deles. Mas a frustração é importante para o desenvolvimento psicológico da criança.

Uma criança que foi privada desse sentimento pode se tornar um adulto que desenvolverá crises emocionais por razões pequenas e fúteis.

Por isso:

– Não atenda aos excessos de desejos da criança;

– Deixe que a criança resolva os problemas;

– Deixe que seja responsabilizada pelos atos;

– Faça atividades educativas.

A criança é capaz

Por mais que a criança precise de cuidados e atenção especial saiba que ela é capaz de aprender e, na verdade, essa é a melhor fase para isso. Trate-a como alguém que tem condições de fazer algo por conta própria. Ensine e dê a oportunidade para ela tentar quantas vezes precisar. Tenha consciência que o seu papel é educar o seu filho e promover aprendizados para o seu desenvolvimento.

Em resumo, cair, decepcionar-se, ficar triste ou frustrado e expressar os sentimentos podem doer, mas são relevantes para o desenvolvimento infantil. Mantenha sempre uma posição de acompanhamento, estando sempre presente, mas com cautela para não exercer uma proteção exagerada e atrapalhar o crescimento de seu filho.

Author: CardosoToys

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