Bullying é um problema social mundial que acontece principalmente com as nossas crianças e no ambiente escolar. Ele é caracterizado por violência física ou psicológica e gera impactos negativos na vida da pessoa que sofre.
O termo “bullying” ganhou proporção nos últimos anos, e participar dos debates sobre o assunto é relevante para saber agir com o seu filho, caso ele seja alvo. Isso porque a vida dos jovens que sofrem bullying está em constante perigo.
Por isso, como identificar que o seu filho está sofrendo bullying? Como ajudar o pequeno a sair dessa situação e se restabelecer?
Meu filho está sofrendo bullying.
Uma pesquisa realizada pelo Pisa (Programa Internacional de Avaliação de Estudantes) mostrou que 1 em cada 10 estudantes é vítima de bullying nas escolas. Outra pesquisa, realizada pelo Instituto Ipsos, mostra que o Brasil tem o segundo maior índice de vítimas de cyberbullying, que é o bullying na Internet .
– O que é bullying?
Antes de começarmos o nosso debate precisamos entender o que é bullying:
O termo “bully” tem origem inglesa e significa “brigão” ou “valentão”, e se caracteriza por uma situação que envolve agressões intencionais, sejam elas verbais ou físicas realizadas repetidamente por uma pessoa ou um grupo.
De acordo com o site Escola da Inteligência “o bullying se configura por uma intimidação sistemática, evidenciando ataques físicos, insultos pessoais, comentários negativos frequentes e apelidos pejorativos. Pode ser praticado de forma verbal, moral (difamação, disseminação de rumores), social (ignorar, excluir, etc.), psicológica (amedrontar, perseguir, entre outras) e até virtual (mensagens intimidadoras).”
A partir disso, como identificar que a criança sofre bullying?
– Observe o comportamento
É importante observar caso a caso, por exemplo: se o seu filho nunca teve dificuldade para ir à escola e agora ele chora ou se recusa pode ser uma preocupação. Será necessário dialogar com o pequeno e com os responsáveis do colégio para entender o motivo. Às vezes, a criança não quer contar que está sofrendo na escola por medo, já que os agressores normalmente usam terror psicológico.
Em síntese, observar o comportamento da criança é justamente analisar quais mudanças ocorreram no jeito dela de agir.
Nesse tópico também vale observar se o seu filho não retorna com alguma parte do corpo roxa ou alguma dor específica. Agressões não se caracterizam necessariamente como bullying, mas o bullying pode conter agressões físicas.
– Diálogo
O diálogo é fundamental para estreitar relacionamento entre pai e filho e a partir disso entender as dores e os medos da criança. Essa confidência não vai acontecer do dia para a noite, por isso deve ser trabalhada gradativamente, de maneira que o seu filho sinta segurança para compartilhar os sentimentos.
É importante reforçar que, por medo, talvez a criança não se abra logo de início. Por isso, esteja totalmente atenta ao comportamento de seu filho e acompanhe de perto o pequeno na escola.
– O que fazer quando o meu filho estiver sofrendo bullying?
Seu filho está sofrendo bullying e agora você não sabe o que fazer ou por onde começar?
Primeiramente procure a escola ou a instituição da qual o seu filho tem passado pelas agressões. Relate o acontecido e, junto com eles, busquem por uma solução.
Dependendo do grau da situação, procure as autoridades responsáveis, por exemplo, em casos de cyberbullying, tire prints e procure a polícia civil ou a Delegacia Especializada de Investigações de Crimes Cibernéticos (DEICC) com as provas.
Para garantir a saúde mental de seu filho, procure ajuda terapêutica, pois o bullying causa danos psicológicos severos.
Da mesma forma é importante manter a calma e “não” tomar atitudes precipitadas, como procurar o jovem que praticou bullying com o seu filho para ameaçá-lo ou para tentar resolver a situação por conta própria.
Portanto, esteja atenta às atitudes e comportamento de seu filho, estabeleça um espaço de confiança para promover diálogos saudáveis e cerque-se de informações a respeito do assunto, para saber lidar com a situação. Conte sempre com o apoio de educadores, de profissionais especializados como psicólogos e de autoridades, e contribua com a saúde mental de seu pequeno.