Saúde mental das crianças

É comum falarmos sobre o tema saúde mental entre os adultos, mas e as nossas crianças?

A criança passa por momentos negativos que ela ainda não tem capacidade para gerenciar como, por exemplo, violência física e verbal, negligência e falta de afeto. Até mesmo vivências das quais as crianças são expostas com o objetivo positivo, como agenda repleta de atividades, cobrança exagerada e muito tempo diante das telas, contribuem em longo prazo para prejudicar a saúde mental dos pequenos.

Saúde mental das crianças.

É na fase de 0 a 6 anos que a criança consolida hábitos, valores e mantém memórias. O estresse causado nesse período prejudica o potencial mental e até reduz o volume cerebral, de acordo com a neuropediatra Dra. Liubiana Arantes de Araújo Regazzoni, Presidente do Departamento de Desenvolvimento e Comportamento da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP).

Essas vivências tóxicas que contribuem para o estresse da criança estão relacionadas ao aumento do risco de problemas comportamentais, como dificuldades de aprender, memorizar, concentrar-se e ter disciplina. Além disso, surgem os transtornos como TOC (Transtorno Obsessivo Compulsivo), ansiedade, depressão, hiperatividade entre tantos outros.

A saúde mental das crianças pode passar despercebida pelos pais, já que os pequenos ainda não entendem o que é ansiedade ou depressão, por exemplo. Além disso, as crianças tendem a manifestar ansiedade, tristeza e angústia de maneira diferente dos adultos.

Sendo assim, procure ficar atenta aos sinais relacionados a problemas com a saúde mental de seu filho, como:

  • Agressividade;
  • Irritabilidade;
  • Apatia;
  • Excesso ou falta de fome;
  • Problemas com xixi ou cocô, mesmo depois de ter saído da fralda.

Entre outros comportamentos diferentes, é importante que ao perceber qualquer mudança, você procure imediatamente um médico especialista para conversar.

– Cuidados

É um desafio para os pais educarem sem ultrapassar a linha tênue entre mimar ou traumatizar. As crianças precisam de regras, vivenciar frustrações, assim como serem amadas e respeitadas, para contribuir com o desenvolvimento. Mas existe uma diferença entre a tristeza por trocar de escola ou pela morte do bichinho de estimação com algo mais profundo. É aí que entra a observação dos pais.

Portanto, além de um atendimento psicológico e o acompanhamento do pediatra é importante tomar alguns cuidados diários para evitar que o seu filho venha a ter problemas com a saúde mental.

– Telas

Os smartphones, TVs, computadores e tablets são sensacionais e, sem dúvida, já fazem parte da vida das pessoas. Mas para as crianças nada se compara às brincadeiras ao ar livre e ao contato pessoal. Já falamos aqui no blog diversas vezes sobre os danos causados pelas telas. O excesso de tempo em frente a elas vai prejudicar o sono, reduzir a capacidade cognitiva, além de contribuir para o sedentarismo.

– Rotina

A rotina é fundamental para o desenvolvimento dos pequenos, porque além de dar uma direção ela cria valores profundos para a vida deles. É importante ter hora para comer, tomar banho, brincar e acordar, por exemplo. Leia mais sobre esse tema clicando aqui.

– Sono

Dormir é essencial para o desenvolvimento das crianças. Normalmente, quando o pequeno dorme mal já é um motivo para a irritabilidade. Imagine uma sequência de noites maldormidas? Para evitar as birras na hora do sono clique aqui e leia sobre o assunto ou se o seu filho tem medo durante a noite, veja esse artigo.

– Leitura ou contação de história

Ler para o seu filho ou junto com ele, ou ainda promover um momento de contação de história ajuda muito a criar vínculos. Além disso, a leitura contribui com o raciocínio e o aprendizado da criança.

A saúde emocional das crianças é relevante não apenas na fase de desenvolvimento, mas também porque ela vai ser carregada até a fase adulta. A vivência infantil contribui com a formação de valores, personalidade e saúde emocional.

Portanto, esteja atenta, converse com o seu pequeno, saiba identificar as diferenças de sentimentos dele e faça acompanhamento com o pediatra regularmente.

As questões emocionais são mais difíceis de se identificar, porque não são feridas expostas. Mas entenda a importância de estabelecer diálogo, principalmente para poder ouvir o que o seu filho tem a dizer.

Author: CardosoToys

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