A obesidade infantil é uma das maiores preocupações mundiais e segundo a OMS estima-se que no Brasil 20% das crianças menores de cinco anos apresentam essa condição. O problema é que uma criança obesa, de acordo com o Ministério da Saúde, tem 60% de chance de se tornar um adulto obeso, e essa condição está associada a diversos tipos de doenças como colesterol, diabetes, pressão alta entre outros.
Existe ainda uma ironia de que uma criança obesa pode ser considerada desnutrida, pois nas últimas décadas temos oferecido aos nossos filhos uma alimentação desequilibrada e de má qualidade, com muito açúcar, gordura e sódio.
Diante desse problema que assola a nossa sociedade, o que fazer para controlar a obesidade infantil?
Obesidade infantil
A obesidade infantil não está totalmente relacionada aos cuidados dos pais. É importante ressaltar que a construção de hábitos saudáveis também se dá por meio do ambiente escolar, políticas públicas entre outros. É uma cultura que foi criada e que hoje ela precisa ser repensada.
– Causas da obesidade infantil:
As causas da obesidade infantil estão diretamente relacionadas à alimentação e ao sedentarismo.
O Ministério da Saúde orienta que o aleitamento materno exclusivo seja até os seis meses. A partir dessa idade a criança pode começar a ingerir alimentos sólidos – além do leite. Frutas, verduras, grãos e carnes são essenciais nessa fase.
As mães que não amamentam devem seguir a orientação do pediatra.
Como a criança ainda não sabe o que é doce ou salgado, não precisa inserir açúcar, guloseimas e refrigerante em suas refeições. Além disso é fundamental evitar alimentos processados ou gordurosos.
Quando a criança já consegue andar, é fundamental brincar ao ar livre e realizar atividades dinâmicas para que o pequeno se movimente bastante. A Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) orienta não expor a criança às telas antes dos dois anos. Elas atrapalham o desenvolvimento cognitivo e ainda contribui para o sedentarismo.
Os filhos de pais obesos devem ter acompanhamento de perto do pediatra por orientação da SBP devido ao fator genético, que também está relacionado à obesidade infantil.
– Consequências da obesidade infantil:
As crianças obesas apresentam maior predisposição para desenvolver doenças como hipertensão, diabetes, colesterol, problemas com os ossos e infecções na pele como a acne.
Além disso, essas crianças têm grandes chances de serem adultos obesos.
– Prevenção da obesidade infantil:
A obesidade infantil está ligada à má alimentação e ao sedentarismo. Sendo assim:
– Brincadeiras
Evite telas em excesso! Incentive as brincadeiras que na sua época de infância eram divertidas. Promova brincadeiras em equipe, com os vizinhos, colegas da escolinha, primos, tios ou avós.
– Atividades físicas
Da mesma forma a atividade física contribui para a saúde e o desenvolvimento da criança. Veja o que o pequeno mais se interessa em fazer, como artes marciais, dança ou esporte. Estimule a competição saudável e a participação dele nas atividades.
– Alimentação
Ofereça frutas, legumes, grãos e evite frituras, processados, açúcar e sódio.
Prepare pratos divertidos ou convide o seu filho para te ajudar na cozinha. Existem diversas receitas que substituem as guloseimas que são tão desejadas, mas que fazem muito mal à saúde do pequeno.
Resumindo, para evitar ou controlar a obesidade infantil faça acompanhamento com o pediatra, procure dicas de alimentação saudável e divertida para instigar a criança e brinque junto com ela. Essas são pequenas atitudes que vão estimular o seu filho a ter hábitos saudáveis. Além disso, é preciso ter paciência e dedicação para conseguir vencer a obesidade e garantir a saúde de seu filho.
