A pré-eclâmpsia é uma doença que se caracteriza pelo aumento da pressão arterial associado a alguma disfunção de órgãos, como o rim, fígado ou cérebro e a presença de proteína na urina. Ela pode acontecer durante a gestação ou no pós-parto, mas geralmente se desenvolve após a 20ª semana de gestação.
A pré-eclâmpsia pode evoluir para a eclâmpsia, uma forma grave da doença, que põe em risco a vida da mãe e do feto. Portanto, é importante ficar atenta.

Pré-eclâmpsia
A principal característica da pré-eclâmpsia é a pressão arterial elevada, acompanhada de inchaço e dor de cabeça. Como consequência, o fluxo de sangue para o bebê fica comprometido. Assim, a criança recebe alimento insuficiente e tem o seu crescimento prejudicado.
De acordo com o Dr. Dráuzio Varella*, “a pré-eclâmpsia é uma condição que afeta cerca de 8,5 milhões de mulheres em todo mundo e é responsável por cerca de 15% dos partos prematuros”.
– Exame de detecção precoce
Existe um exame de biomarcador para pré-eclâmpsia (sFlT-1/PlGF), indicado a partir do sétimo mês de gestação. Dessa maneira é possível avaliar o risco de a paciente vir a ter a doença nas próximas semanas de gravidez.

De acordo com o Dr. Leandro Gustavo de Oliveira, professor do Departamento de Obstetrícia da Faculdade de Medicina de Botucatu (UNESP), “o teste de pré-eclâmpsia é baseado na fisiopatologia da doença, e analisa proteínas angiogênicas circulantes na placenta: o fator de crescimento placentário (PlGF — Placental Growth Factor) e a tirosina quinase-1 (sFlt-1 — Soluble fms-like tyrosine kinase-1). O desequilíbrio entre esses biomarcadores é o que indica a pré-eclâmpsia”.
– Diagnóstico
Como é uma doença silenciosa, é importante que a gestante preste atenção a qualquer pequeno sintoma, como:
- Inchaço, principalmente nos membros inferiores;
- Aumento exagerado do peso;
- Oscilação da pressão arterial.
– Tratamento

A maneira de controlar a pré-eclâmpsia é evitando que ela evolua para a eclâmpsia por meio de um pré-natal rigoroso. Gestantes com a doença devem:
- Fazer repouso;
- Medir a pressão com frequência;
- Adotar dieta com pouco sal.
Dependendo do grau da pré-eclâmpsia, o médico pode receitar medicamentos anti-hipertensivos e anticonvulsivantes que são indicados para o controle dos quadros de eclâmpsia mais graves, que podem exigir a antecipação do parto. Portanto, o mais indicado é realizar o acompanhamento com o médico especialista e seguir as orientações corretamente.