O cuidado com os olhos da criança já deve começar após o seu nascimento, fazendo o famoso “teste do olhinho”. Mas é preciso levar o bebê ao oftalmologista antes de completar seis meses para verificar se está tudo bem. Pois as chamadas doenças congênitas, como a catarata, o glaucoma e a conjuntivite, já estão presentes desde o nascimento. Em sua maioria elas têm boas chances de cura, sem consequências para a visão, mas é muito importante descobrir e tratar rapidamente.
“Uma pesquisa realizada pela Agência Internacional para a Prevenção da Cegueira, órgão ligado à Organização Mundial da Saúde, mostra que oito em cada dez casos de problemas oculares poderiam ser evitados, caso houvesse um diagnóstico precoce.”
Além da consulta rotineira ao pediatra e ao oftalmologista, os pais ou responsáveis devem observar o comportamento da criança para passar o relato ao médico. O pequeno não sabe dizer que não enxerga ou que algo atrapalha. Vai ser no cotidiano, nas tarefas simples do dia a dia, que os pais vão perceber ações suspeitas.
Cuidado com os olhos das crianças
A prevenção da cegueira infantil é uma das cinco prioridades da Iniciativa Global da Organização Mundial de Saúde/Agência Internacional de Prevenção da Cegueira (IAPB) “Programa Visão 2020 – pelo direito à visão”. Isso porque muitos casos podem ser evitados se o problema for descoberto precocemente.
Observe se a criança:
- Esfrega ou pisca muito os olhos;
- Tem problema com a leitura;
- Se tem olhos vermelhos ou com mau aspecto;
- Se tem dificuldades de identificar cores.
Na fase escolar, continue observando. Se o seu filho se mostra desinteressado, não consegue acompanhar o ritmo da turma ou se as atividades vêm incompletas, são alguns sinais de alerta para procurar o oftalmologista. É no início da vida escolar que se deve começar a perceber a presença de problemas refrativos como miopia, astigmatismo e hipermetropia.
De acordo com a Fundação Dorina Nowill, “entre as crianças, as principais causas de cegueira são glaucoma congênito, retinopatia da prematuridade, catarata congênita e toxoplasmose ocular congênita.”
Infecções, como a conjuntivite, são comuns na infância, mas precisam ser tratadas rapidamente, portanto não subestime nada. Por isso a relevância do acompanhamento médico e da observação do comportamento da criança diante de situações do cotidiano.