O que o uso de aparelhos eletrônicos pode fazer com crianças na primeira infância?

A etapa batizada de primeira infância é a fase que vai desde o nascimento até os seis anos de idade. O cérebro na primeira infância está em ebulição: 75% da energia do corpo é destinada ao desenvolvimento neurológico e os neurônios formam de 700 a mil novas conexões por segundo. E, com tudo isso, até os três anos de idade, o cérebro vai atingir 87% do tamanho que terá no futuro. Muita coisa, não é?

Levando todos esses pontos em consideração, o acesso à tecnologia nessa fase passou a ser uma preocupação cada vez maior entre pais, médicos e educadores.

Aparelhos eletrônicos na primeira infância

Segundo a Sociedade Brasileira de Pediatria, a recomendação é que crianças menores de dois anos não tenham acesso aos eletrônicos. Já para as crianças entre dois e cinco anos, o ideal é que passem, no máximo, duas horas diárias com TV, tablet ou celular. Isso porque crianças precisam de espaço para brincar, inventar, usar a imaginação e esse espaço tem sido ocupado por todos esses eletrônicos, sem permitir que as crianças vivenciem de fato todo esse imaginar que permeia a infância.

A Academia Americana de Pediatria aponta os riscos para o uso de eletrônicos nessa fase. Acontece que a experiência diante de uma tela, não tem nada de enriquecedor para os pequenos, uma vez que não traz os mesmos benefícios de experiências motoras e sensoriais.

Ainda segundo estudo realizado pela Academia Americana de Pediatria, a chance de atraso na linguagem entre crianças que começam a ver TV antes de um ano de idade e que assistem a programas por mais de duas horas por dia, é seis vezes maior do que aquelas que não assistem.

De fato, as crianças aprendem muito mais brincando no mundo real e se relacionando com pessoas.

Dificuldade de relacionamento

Outro problema encontrado em crianças que passam muito tempo com eletrônicos é a dificuldade de se relacionar com outras crianças. Acontece que as telas privam o contato pessoal e tendem a gerar um certo bloqueio, para vivenciar algo que é absolutamente natural nessa fase.

O aumento da ansiedade, irritabilidade e agressividade da criança que é exposta excessivamente e de maneira precoce a eletrônicos também podem ser notados.

Além disso, ocorrem também os problemas físicos como obesidade e dores musculares, já que ao invés de correr, pular e se movimentar, a criança fica um bom tempo em uma mesma posição, sem nenhum tipo de atividade física.

É fato: crianças precisam brincar, precisam de contato, precisam de experiência humana. Isso é mais enriquecedor e nenhuma tela poderá proporcionar.

Author: CardosoToys

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