Castigo, punição e palmada: como isso impacta no desenvolvimento infantil?

Educar uma criança é uma tarefa bem desafiadora. Manha, birra, desafio à autoridade, tudo isso é vivenciado diariamente pelos pais. Em meio à turbulência, surgem as dúvidas: como conduzir essas situações? Será que castigo, punição e palmadas são boas escolhas? Qual será a influência dessas atitudes no desenvolvimento infantil?

Castigo, punição e palmada

Pesquisas realizadas por Joan Durrant e Ron Ensom que estão em “Physical punishment of children: lessons from 20 years of research”, mostram que a palmada ou qualquer outra punição física, estão diretamente ligadas ao aumento da agressividade infantil e, na vida adulta, estão relacionadas à depressão, à ansiedade e ao desajuste psicológico.

As crianças tendem a reproduzir os exemplos que têm e, uma vez que a palmada ou o castigo são usados como forma de educar, elas também acharão que essas são as melhores maneiras para se resolver futuros conflitos em sua vida, por isso o aumento da agressividade infantil.

Pelo Estatuto da Criança e do Adolescente eles têm o direito de ser educados sem o uso de castigo físico como forma de correção ou disciplina. Além disso, o reforço negativo tende a minar a autoestima da criança, já que ela acaba por entender que todas suas atitudes são erradas.

Controlar as crianças pelo medo pode não ser o melhor caminho: é preciso construir uma relação de respeito ao invés disso.

O castigo, por sua vez, deve ser educativo e não punitivo, além de ser correspondente ao erro cometido. Pense só: se o seu filho brincou com tinta, quando você falou que aquele não era o momento para isso, e sujou o chão, por exemplo, você não vai deixá-lo sem ver TV como castigo. A opção é fazer com que ele limpe a bagunça e fique sem as tintas por mais um tempo. Dessa maneira, ele entenderá que aquele ato tem uma consequência direta.

Reforço positivo e combinados

O reforço positivo tem se mostrado cada vez mais benéfico, já que incentiva a criança a repetir os comportamentos adequados e trabalha melhorando a autoestima do pequeno, criando, assim, adultos emocionalmente mais saudáveis.

Uma alternativa para os castigos é fazer combinados com as crianças. Defina junto com ele como algumas coisas vão ser feitas, por exemplo: você pode brincar com o outro brinquedo quando quiser, mas precisa guardar os que parou de brincar naquele momento. Isso demonstra confiança na criança e dá uma certa autonomia que os pequenos tanto procuram.

Se surgirem dúvidas de qual o melhor caminho a seguir, pense sempre: como eu gostaria de ser tratada? Isso vai te dar um bom direcionamento e acalmar o seu coração.

Author: CardosoToys

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