Educar os filhos não é uma tarefa fácil. Eles testam nossos limites e, algumas vezes, quase acabam com a nossa paciência. Buscamos caminhos, alternativas, tudo o que nos ajuda a estabelecer limites, educar e fazer com que as crianças sigam o melhor caminho.
Bronca, castigo, conversa: qual a melhor maneira de impor limites? Será que castigar a criança realmente funciona?
Você está de castigo!
Nós falamos uma, duas, três vezes, até que ficamos sem alternativas a não ser colocar de castigo. Mandar pensar no quarto, deixar sem tv ou tablet, tirar determinado brinquedo e até a palmada: tudo isso passa pela cabeça dos pais quando a situação chega ao extremo.
Sabe-se que o castigo físico, além de ser proibido por lei, não é a melhor opção, já que as consequências negativas são muitas: crianças mais agressivas, desafiadoras, antissociais e até com problemas cognitivos.
O autor de “The Everything Parent’s Guide to Positive Discipline” (Guia Geral da Disciplina Positiva para Pais), Carl Pickhardt, afirma que os tapas só mostram para a criança que: quem é maior pode bater em quem é menor e mais fraco.
A disciplina deve ser construída com base no diálogo, as crianças precisam entender que suas ações têm consequências, sejam elas positivas ou negativas. Por isso, os castigos devem estar de acordo com o ato que o desencadeou, por exemplo, se a criança não desligou a tv quando você mandou, não adianta tirar um brinquedo dela, é mais eficaz que ela fique um tempo sem poder assistir tv, dessa maneira, ela entenderá que o ato dela teve uma consequência ligada a ele.
A criança também precisa entender os motivos que levaram ao castigo, saber claramente quais são as regras, o que ela fez de errado e como você esperava que ela agisse. Aos pais cabe a tarefa de serem firmes: falar que vai fazer algo e não cumprir fará com que a criança veja que poderá repetir a atitude sem ter consequências.
É interessante não usar o castigo em excesso, para que não se torne uma coisa banal, e aplicar uma restrição que seja fácil de cumprir e de acompanhar.
Para funcionarem positivamente como uma estratégia educativa, os castigos devem ser rápidos, imediatos, verbalizados e aplicados sem raiva, e estarem sempre de acordo com a idade da criança e com o que ela fez de errado. Mostrar respeito pelo seu filho e pelo que ele sente, incentiva com que ele faça o mesmo com você.