O autismo, também conhecido como TEA (Transtorno do Espectro Autista), é um transtorno neuropsiquiátrico crônico que afeta a comunicação e influencia muito no comportamento do indivíduo.
“Segundo dados do CDC (Centers for Disease Control and Prevention), órgão ligado ao governo dos Estados Unidos, existe hoje um caso de autismo a cada 110 pessoas. Dessa forma, estima-se que o Brasil, com seus 200 milhões de habitantes, possua cerca de 2 milhões de autistas.”
Foi apenas em 1993 que a síndrome foi adicionada à Classificação Internacional de Doenças da OMS (Organização Mundial da Saúde). Dessa maneira, geralmente a sociedade ainda não tem muito conhecimento sobre o assunto e, por isso, ainda existe muito preconceito com as pessoas autistas.
Mitos sobre o autismo
O autismo acontece devido a uma alteração no desenvolvimento do cérebro durante a gestação e se manifesta nos primeiros anos de vida. Por isso é muito relevante observar o comportamento da criança.
Devido à sua condição, a criança autista tem dificuldades na convivência em ambientes coletivos, visto que ela possui dificuldade em expressar o que pensa ou o que sente. Mas isso não significa que o autista não goste de carinho ou que não desenvolva vínculos afetivos, por exemplo. Esses são alguns dos mitos que a sociedade acredita e que hoje vamos desmenti-los:
– O autismo é causado por vacinas
Segundo a OMS, não há nenhuma comprovação científica que ligue o transtorno do espectro autista a vacinas como sarampo, caxumba ou rubéola. Essa relação surgiu após um estudo realizado em 1998, mas que já foi refutado por vários especialistas. Portanto, essa afirmativa é falsa.
– As crianças autistas não podem se comunicar
É totalmente falso afirmar que crianças autistas não podem se comunicar. Mesmo que exista uma dificuldade, elas conseguem falar e se expressar da sua maneira.
– Autistas não são carinhosos e não gostam de contato físico
Mentira! Mesmo que a crianças autistas não demonstrem afeto do mesmo modo que as demais crianças sem condição autista, não significa que elas não sejam carinhosas. Elas são muito sensíveis aos ambientes que as cercam e possuem dificuldades em lidar com a frustração. Mas isso não as impedem de amar e sentir emoções como todo o mundo. As crianças autistas são muito ligadas aos seus pais e amigos próximos. Portanto, elas se expressam de maneira particular e diferente do que estamos habituados. Dessa maneira, precisamos aprender a respeitar a individualidade de cada um.
– A criança autista grita por falta de educação
Além de ser falsa, essa afirmação desrespeita totalmente a criança e a família que a cria e educa com tanto carinho. Os autistas têm dificuldade de se comunicar, como já falamos anteriormente, além disso, eles têm baixa tolerância a ambientes e situações que saiam da normalidade do dia a dia em que eles vivem. Isso pode acontecer com gritos, por exemplo. Por isso é muito importante ter empatia com a criança e a família.
A criança autista necessita de tratamentos específicos, para contribuir com o desenvolvimento dela. Isso inclui uma equipe multidisciplinar, como pediatra, fonoaudióloga, psicóloga, entre outros, dependendo do grau de autismo do pequeno.
Portanto, é fundamental observar o comportamento da criança desde a primeira infância. Além disso, buscar conhecimento contribui muito com a empatia necessária para respeitar a criança e seus familiares.
